Drª Kylie Wagstaff comandou estudo que comprovou eficácia de remédio para piolho contra o coronavírus |
Em comunicado, a Drª Kylie Wagstaff, biomédica que liderou a pesquisa, ressaltou que a droga pode ser uma aposta promissora contra a doença que vem assustando o mundo. “Em tempos em que estamos tendo uma pandemia global e ainda não há um tratamento aprovado, se tivemos um composto que já estava disponível no mundo, então ele pode ajudar as pessoas mais cedo. Sendo realista, vai demorar um pouco até que uma vacina esteja disponível”, reconheceu.
A especialista explicou que a ivermeticina é uma droga que já mostrou eficácia, in vitro, contra diversos tipos de vírus, como HIV e os que causam dengue, gripe e zika, e que a substância não deve ser administrada às pessoas até que testes laboratoriais e clínicos sejam concluídos. “A Ivermeticina é amplamente usada e reconhecida como uma droga segura. Nós precisamos descobrir agora qual dosagem será efetiva em seres humanos. É o próximo passo”, afirmou.
A descoberta empolgou pesquisadores do Laboratório de Referência de Doenças Infecciosas do Estado de Vitória, responsável pelo primeiro trabalho de isolamento do Sars-Cov-2 fora da China, em janeiro, mas também gerou alerta por parte das autoridades. A ministra da Saúde australiana, Jenny Mikakos, elogiou o trabalho dos cientistas, mas fez apelo contra a automedicação. “Não há qualquer razão para comprar tratamento para os piolhos, a menos que o faça para tratar uma infeção por piolhos no cabelo dos seus filhos”, disse. (Diário do Nordeste)
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