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Segundo relato de moradores, os enxames de marimbondos são comuns na região e ocupam toda a região da Chapada do Araripe. Foto da estrada do sítio Coqueiro, em Crato |
As pessoas foram levadas ao hospital e passam bem. Por conta da situação, a SEMADT emitiu notificado para que a população, principalmente frequentadores, evite caminhadas, pedaladas e passeios nas áreas durante as próximas duas semanas.
“Foi verificada nessas referidas áreas infestação de enxames de Marimbondos Amarelos (vespas comuns), insetos extremamente agressivos e que podem causar risco a saúde por envenenamento e intoxicação, sobretudo em crianças e alérgicos”, disse a Prefeitura, em comunicado divulgado nas redes sociais.
Comportamento
O secretário do Meio Ambiente da cidade explica que este é um comportamento sazonal das vespas na Região, que ocorre sempre após as chuvas. “Há uma semana e meia, frequentadores relatam ataques pelas vespas. São comuns na região mas não como surgiram. Na última sexta e sábado, foram incidentes mais graves com ciclistas”, aponta o titular. "Eram vários enxames, que acabaram partindo para essas agressões e alguns precisaram ser hospitalizados”.
“Mais de 10 pessoas comunicaram que foram acometidas neste fim de semana, mas diversas outras entraram em contato ao longo da última semana. A gente resolveu sair com o comunicado para essas duas próximas semanas”, aponta.
O titular explica que a região da Flona oferece circuitos de pedaladas - em Belmonte e Barreiro Grande; e Santo Antônio, Minguiriba e também na região acima das Almécegas, o que aumenta a circulação nestas áreas.
Em decreto municipal deste domingo (28), a Prefeitura reforçou medidas mais rígidas de distanciamento social devido a pandemia de Covid-19. Segundo o documento, fica proibido no território municipal a aglomeração de pessoas em espaços públicos ou privados, além de atividades coletivas nestes espaços. O decreto fica válido até o próximo dia 5 de julho e institui o isolamento social mais rígido no Município, que já soma 832 casos confirmados e 12 óbitos.
Cuidados
O biólogo Francisco Nascimento Pereira Junior explica que, nessa época do ano, as vespas mudam de localidade: “Neste percurso, podem se sentir ameaçadas e atacar, e acontecer algum acidente. A pessoa pode tentar se defender e os outros (marimbondos) iniciam um ataque maior ainda”. Segundo o especialista, ainda é preciso mais informações para precisar qual a espécie envolvida e se há mais de uma. “Geralmente, nessa época, há a ocorrência dos Marimbondos Amarelos (vespa comum)”, aponta.
“São perigosos por conta das toxinas. Se a pessoa tiver alergia, pode ter alguma coisa mais séria e, às vezes, a pessoa não sabe que tem a alergia. Além disso, por ser na trilha, o acesso a um profissional de saúde fica bem difícil. O indicado é buscar logo ajuda médica”.
O servidor público Luís Renato Bacurau, felizmente, não foi picado, mas se surpreendeu com a quantidade de marimbondos ao passar pela região. “Passei de moto e muitos vieram no capacete, mas nenhum me picou. Fiquei agoniado porque tinham muitos. Eu ia das Guaribas para o Jordão”, relata. “A gente consegue encontrar os marimbondos em qualquer canto da floresta e nas estradas eles também ficam voando. Está na serra toda, inclusive em outros municípios, como Jardim e Barbalha".
Há uns cinco ou seis anos acontecem esses enxames. Esse ano o risco é maior porque as pessoas estão indo mais para a serra”, explica.
Segundo o secretário do Meio Ambiente de Crato, Brito Júnior, o que se pode fazer é aguardar o momento natural de migração das vespas e respeitar seu espaço. “Não há muito o que fazer. São duas semanas para esse processo natural”, ressalta. (Fonte: Diário do Nordeste)
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