Por Redação Gazeta do Cariri

Em 2020, as temperaturas mínimas mais expressivas no Ceará foram registradas neste mês de agosto, de acordo com dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Entre os municípios monitorados por ambas as instituições, o registro mais expressivos até a última sexta-feira (14) ocorreu em Barro, localizado na macrorregião do Cariri, com 13°C registrados às 6h do último dia 11. 

A cidade do Sul do Ceará, inclusive, aparece outras quatro vezes entre as 10 temperaturas mínimas mais baixas de 2020. Outro município que também aparece cinco vezes na mesma lista é Tianguá, localizado na macrorregião da Ibiapaba. A temperatura mais baixa em neste município foi observada no dia 9 deste mês, com 13,6ºC.


A gerente do núcleo de Meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto, comenta que o cenário se dá, entre outros fatores, pela chegada do inverno no Hemisfério Sul, que iniciou-se no dia 20 de junho de 2020 às 18h44 com Solstício de Inverno. “Ou seja, o período em que o Hemisfério Norte está mais inclinado para o Sol e terminará em 22 de setembro de 2020, com o Equinócio da Primavera. No Brasil, o inverno caracteriza-se pelas temperaturas baixas, dias mais curtos e noites mais longas. No Ceará, mesmo próximo à Linha do Equador, é possível observar mínimas mais baixas em relação aos outros meses, explica. 

Média histórica 
De acordo com a normal climatológica do período entre 1981 e 2010, os meses de junho e julho, no Ceará, costumam apresentar os números mais expressivos em relação às temperaturas mínimas. Contudo, também é possível observar registros importantes dentro dessa categoria no mês de agosto. 

Alguns municípios do Ceará apresentam, em agosto, uma média de temperatura mínima abaixo dos 20ºC, como é o caso de Guaramiranga (17,3ºC), Campos Sales (18,8ºC) e Barbalha (19,9ºC). Na Capital, a média da temperatura mínima é de 21,5ºC. 

Temperatura e sensação térmica 
A Funceme ressalta que “temperatura” é a grandeza física medida através de escalas termométricas (ex: graus Celsius, Fahrenheit, Kelvin etc.) e está relacionada à energia interna de um sistema e depende do grau de agitação de suas moléculas; já a “sensação térmica” é a temperatura aparente sentida pela pele exposta, em virtude da combinação entre temperatura do ar, umidade relativa do ar e velocidade do vento. 

“Assim, uma mesma condição de temperatura do ar mais alta, por exemplo, com ou sem presença de vento mais forte, pode dar uma sensação térmica diferenciada. O vento ajuda a dissipar o calor dos corpos e assim proporcionará sensação de temperatura mais amena do que a efetivamente medida no termômetro, finaliza Sakamoto.

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