Lançado no último dia 12 de maio, o álbum “Trovador do Tempo” é o primeiro material sonoro apresentado pela banda caririense Sol na Macambira, já disponível nas plataformas digitais de streaming. O grupo tem mais de 16 anos de história na região do Cariri cearense, e vem buscando promover através das suas músicas o respeito às ancestralidades e a arte popular do Cariri, trazendo a crítica política e social numa atmosfera diversa e de sonoridade própria.
O novo trabalho de inéditas conta com dez faixas, onde transita pelos ritmos populares como o coco, maracatus e cirandas, e dialoga instrumentos como rabecas, pífanos, zabumbas, guitarras, baterias e metais. A banda já contou com a participação de diferentes artistas da região, trazendo a coletividade como ponto central e importante para a escrita das músicas.
Um dos coordenadores do álbum e integrante da banda, o músico Jean Alex, trouxe a sua visão de como o álbum é um mar de emoções, dança, sentimento e diversidade. A gravação do álbum foi feita durante a pandemia do novo coronavírus, enfrentando o isolamento social e as dificuldades encontradas nesta nova realidade.
“Poder gravar esse álbum depois de tanto tempo de caminhada com a Sol na Macambira, e gravar nesse contexto, dentro dessa realidade de mudanças nas relações, nas interações sociais, políticas, nessa realidade de isolamento social, em que ao mesmo tempo que a gente tá isolado, tá cantando, lutando, lutando pra viver, pra sobreviver e pelo bem viver, é uma vitória. O álbum traz essa vitória em meio ao campo de batalha.”, pontua Jean Alex.
A gravação do disco foi realizada através do Edital Arte Livre de Criação Artística fomentado pela Lei Federal N.º 14.017, de 29 de junho de 2020, a Lei Aldir Blanc e é apoiado pela Secretaria Estadual da Cultura do Ceará, através do Fundo Estadual da Cultura. Além do disco, o projeto contempla a produção de dois videoclipes, o primeiro da faixa “Cabocla”, que já está disponível no canal do YouTube e o segundo, da música “Trovador do Tempo” que está em fase de finalização. Ao todo, o projeto contou com a partição direta de 30 pessoas, entre equipe técnica, banda, mestres e brincantes, traduzindo de forma prática a lógica da cultura viva e participação coletiva.
Fonte: Site Badalo
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