10/08/2021

Ainda no primeiro semestre do ano, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade iniciou processo de seleção e contratação de Agentes Temporários para atuarem como Brigadistas no combate aos incêndios. Atualmente, o ICMBio Araripe é responsável pela gestão de quatro unidades de conservação: Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe, Estação Ecológica de Aiuaba, Floresta Nacional do Araripe e Floresta Nacional de Negreiros. Ao todo, 40 brigadistas atuarão nessas áreas que, juntas, possuem aproximadamente 1 milhão de hectares, distribuídos pelos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí. Especificamente, serão 20 brigadistas na Flona Araripe; 10 na ESEC Aiuaba e 10 na Flona de Negreiros. As informações foram repassadas por Carlos Augusto, chefe da Unidade do ICMBio.

“Como temos uma área de monitoramento grande, nossas equipes estão focadas para as áreas mais sensíveis. Contudo, no ano passado, tivemos mais de 28 mil focos de calor”, relata Carlos, ao dizer que os incêndios que chegaram a ocorrer nas áreas sensíveis das unidades não foram maiores devido à rápida ação da Brigada do ICMBio e de outros órgãos parceiros, como o Corpo de Bombeiros. “Este ano, já temos um aumento de 7% de focos de calor, em relação ao ano passado. Muito nos preocupa devido à mudança climática deste ano, onde a seca chegou com mais intensidade. Se não houver um olhar coletivo da sociedade, poderemos sofrer grandes perdas em nossa biodiversidade”, alerta o chefe da Unidade.

Assim como em anos anteriores, de acordo com Carlos, a principal fonte dos focos é a queima indiscriminada para limpeza de pastagens e área agrícolas ou urbanas, realizadas sem a devida técnica ou mesmo sem a autorização dos órgãos ambientais, seja dos municípios ou estado. Ele sugere que as pessoas que de fato necessitem fazer utilização do fogo como ferramenta devem buscar a orientação técnica dos municípios e de profissionais, pois essa é uma técnica ultrapassada, que traz mais malefício ambiental, econômico, à saúde e social, do que outra técnica que possui a mesma função.

“Nesta temática, o maior desafio é a sensibilização da sociedade quanto ao cotidiano. Mesmo em meio à pandemia, temos adaptado os protocolos para que a nossa equipe possa atuar com segurança”, conclui Carlos, ao dizer que o instituto tem trabalhado com o que é fornecido, inclusive em parceira com outras entidades, para que protejam este bem tão valioso para nossa sociedade, que são as unidades de conservação e, por consequência, a biodiversidade.

Fonte: Jornal do Cariri

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