Foto: Divulgação/Constance Pinheiro

Com o tema “Conexões Afetivas”, a terceira edição do Festival Internacional de Máscaras do Cariri (FIMC) será realizada entre os dias 24 e 29 de maio de 2022, nas cidades de Crato e de Juazeiro do Norte. O evento – uma realização da ONG Beatos e Ato Marketing Cultural –, foi aprovado pela Lei Rouanet e conta com uma rede de parcerias como Aço Cearense, SESC Ceará e Pernambuco, Centro Cultura Banco do Nordeste, Secretarias de Cultura de Crato e Juazeiro do Norte, entre outras.

O projeto, idealizado pela gestora de cultura Dane de Jade, tem parceria com o Festival de Máscaras de Quebec, no Canadá, o Mask’alors e o FIMBÓ – Festival Internacional da Bolonha/Itália. Para a edição de 2022, traz uma programação com apresentações de espetáculos de várias localidades do Brasil e do mundo, entre elas oficinas, colóquio, feiras, lançamentos de livros, exposições em espaços diversos da cidade e atrações totalmente gratuitas à comunidade.

O objetivo do evento é desenvolver a troca de conhecimento entre os mascaramentos do Cariri com os de outros estados do Brasil – como Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Bahia e Santa Catarina – e com os de países como Argentina, África e Portugal. Além disso, o FIMC também busca promover o engajamento, das comunidades do Cariri na cultura local.

A região do Cariri é conhecida como o berço cultural do Ceará. Essas potencialidades são vistas em vários âmbitos, seja gastronômico, turístico, simbólico e/ou econômico. Esta multiculturalidade contribui para o desenvolvimento territorial da região e também para o fortalecimento da difusão da identidade cultural do Cariri e dos projetos que são realizados aqui, como o FIMC.

Segundo Davi Oliveira, Coordenador Artístico do FIMC, o evento possibilita a democratização do acesso à cultura e também aos festejos das tradições populares mundiais, por meio do uso das máscaras e da sua reflexão expandida dentro do contexto artístico: “[o FIMC é] um momento para a fruição da arte no fenômeno ritualístico do corpo em contato com a máscara, presente como símbolo universal da cultura ancestral. Inclusive, em nossa tradição popular, os mascarados compõem a tradição dos festejos de nossa identidade nordestina e firmam um diálogo com as manifestações artístico-culturais de outras regiões do mundo”, afirma.

Além disso, Dane de Jade, idealizadora e Coordenadora Geral, também reforçou a singularidade do evento, pois é o único festival no Brasil que possibilita esse intercâmbio cultural atualmente: “É um momento para conhecer as ricas manifestações artísticas que temos dentro do contexto do uso de máscaras, vivendo desde a cultura construída em nossos festejos dos Caretas, entremeios do Reisado, até as manifestações populares da Argentina ou da África. Convido a viver essa experiência afetiva indescritível e fazer parte da história da humanidade, sentida e vivida nas tradições populares”, disse Dane.

A primeira edição do FIMC foi realizada em dezembro de 2016. Na ocasião, diversas ações foram realizadas, como baile de máscaras, mostra de espetáculos, conferências, oficinas, shows musicais, feiras, lançamento de livros e atividades de intercâmbio – entre elas, o I Colóquio Mascaramentos na Cena Expandida, proposto pelo Grupo de pesquisa LAPA, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), vinculado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A programação completa do FIMC estará no Instagram oficial do evento.

Post a Comment