14/07/2022

A Covid-19 deixou de liderar o ranking de mortes por doenças no País. Com a queda de óbitos em março, o coronavírus passou a ocupar a terceira posição em letalidade, atrás do infarto e do Acidente Vascular Cerebral (AVC). As informações são do Estadão.

O Brasil registrou queda de 60,4% na média móvel de mortes por Covid-19 desde o pico nas ocorrências causadas pela variante Ômicron. O recuo foi de uma média de 895,36 óbitos em 18 de fevereiro deste ano para média de 354,3 na última segunda-feira, 21, segundo o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde.

Conforme dados do Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil do Brasil, na semana de 16 a 22 de março, os AVCs causaram 843 mortes no país, o dobro dos registros de óbitos por Covid, que ficaram em 421. As mortes pelo vírus também foram superadas pelos 782 óbitos causados pelos infartos.

Desde a semana de 16 a 22 de janeiro, quando foram contabilizados 1.976 óbitos, a Covid vinha liderando o ranking de mortes. Naquele momento, o Brasil vivia o ápice da terceira onda, causada pela forte circulação da variante Ômicron e pelos efeitos das festas do fim de ano. O pico foi de 30 de janeiro a 5 de fevereiro, quando 6.641 morreram da doença.

No acumulado do mês de março, até o dia 22, a Covid-19 também aparece em terceiro lugar, com 3.549 registros oficiais de óbitos, atrás do AVC, com 4.453, e do infarto (4.157 mortes). Desde abril de 2020, esta é a segunda vez que a Covid-19 sai do topo do ranking de fatalidade por doença. A anterior foi no período de 17 de outubro de 2021 até 15 de janeiro deste ano.

Os dados foram computados tendo como base a data do óbito que consta no registro em cartório, por isso os números podem ser diferentes daqueles apurados pelo consórcio de veículos de comunicação e pelo apontado nos boletins do Ministério da Saúde.

Os dados do Ministério indicam que houve queda de 77,7% na média móvel de casos desde o dia 5 de fevereiro, quando a pandemia atingiu a máxima histórica de casos, registrando média de 183 mil.

Conforme a pasta, a queda se deve principalmente à ampla campanha de vacinação contra a Covid-19, que fez o imunizante chegar a 91,38% da população acima de 12 anos com a primeira dose, e 85,35% desse mesmo público com a segunda aplicação ou dose única.

"O Ministério orienta que os brasileiros tomem a dose de reforço. Pesquisa da Universidade de Oxford indica que isso aumenta em até 100 vezes a imunidade contra a doença", disse.

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