O óleo encontrado na praia de Icapuí foi confirmado na segunda-feira (21). Foto: Helena Santos/SVM

Pelo menos nove praias do Ceará foram atingidas por manchas de óleo, conforme a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) informou nesta sexta-feira (23). O reaparecimento de manchas ocorreu em Fortaleza, Aquiraz, Caucaia e Beberibe.

Caucaia, na Região Metropolitana, tem a maior quantidade de praias atingidas, com cinco delas com registro de manchas.

Praias atingidas por manchas de óleo:

Praia da Sabiaguaba
Praia do Futuro
Praia do Porto das Dunas
Praia do Cumbuco
Praia do Cauípe
Praia do Icaraí
Praia da Tabuba
Paria de Iparana
Praia do Morro Branco

Diante do cenário, a Semace enviou um informe geral aos municípios costeiros para que fiquem atentos sobre a possibilidade da chegada de óleo em nosso litoral.

"Solicitamos que as Secretarias Municipais dos municípios costeiros enviem equipes de monitoramento para avaliar “in loco” a presença de óleo, visando dar celeridade às ações resposta rápidas ao aparecimento de óleo nas praias. Estamos realizando um levantamento das praias atingidas e do quantitativo de material recolhido das praias pelas prefeituras a ser coletado, posteriormente, pela Semace para destinação final", disse o órgão no comunicado.

O número de praias atingidas por ser ainda maior, de acordo com o levantamento do Instituto de Ciências do Mar da Universidade Federal do Ceará (Labomar/UFC), que além das praias já citadas pela Semace, relatou a ocorrência de óleo na Praia do Pacheco, em Caucaia, totalizando dez praias.

Marinha irá analisar material
A Marinha do Brasil irá analisar as manchas de óleo que voltaram a aparecer no litoral do Ceará. As amostras de "resíduos oleosos" encontrados no Estado foram enviadas ao Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), no Rio de Janeiro.

Assim que os resultados sobre o material forem obtidos, a corporação irá se manifestar sobre o caso.

Manchas no começo de 2022
Nos primeiros meses deste ano, cerca de 60 praias de 13 municípios, incluindo Fortaleza, registraram o aparecimento de manchas de óleo. O professor Rivelino Cavalcante, contudo, alertou que é preciso uma análise detalhada para poder afirmar se há, ou não, semelhança no material e na origem com o último material registrado — em setembro.

Ele informou ainda que, após meses de análise, foi constatado que o material registrado nos primeiros meses de 2022 não tem a mesma origem daquele de 2019.

“O Labomar tem um laboratório que ele é ‘expert’ em avaliar a impressão digital química de óleos. Vimos que é completamente diferente”, explicou pesquisador.

Manchas no Nordeste
No último mês de agosto, outros estados nordestinos, como Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte, voltaram a registrar manchas de óleo pelo litoral. Ainda não há detalhes se todos os materiais estão interligados.

Na costa potiguar, foi recolhida quase uma tonelada de óleo que voltou a aparecer nas praias em pouco mais de uma semana. Somente em Nísia Floresta, no Litoral Sul, foram recolhidos 500 kg de óleo.

Já em Pernambuco, o surgimento de vestígios de óleo em, pelo menos, 11 municípios pernambucanos fez com que uma reunião fosse convocada, no Recife, segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).

No litoral baiano, fragmentos de óleo foram encontrados em praias de Porto Seguro, no sul do estado. Segundo a prefeitura da cidade, a suspeita era de que as manchas podem ser oriundas do óleo que atingiu a costa brasileira há quase três anos e começaram a chegar na Bahia em outubro de 2019.

Fonte: g1 CE

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