Foto: Arquivo/DN

28/10/2022

O sertanejo tem muito a comemorar. O ano de 2022, mesmo ainda restando dois meses para o fim, já entrou para a história recente como um dos mais chuvosos no Ceará. Esse bom desempenho deve-se a regularidade das chuvas.

Em 10 meses, apenas duas vezes (fevereiro e setembro) as chuvas não fecharam acima da média. E este índice positivo pode aumentar.

Conforme o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Flaviano Fernandes, antecipou em primeira mão ao Diário do Nordeste, a previsão para os próximos meses é de precipitações acima da média.

"A atuação da La Niña é positiva. A tendência é de que tenhamos volumes acima da média em novembro, dezembro e janeiro", detalhou o especialista.

A La Niña é o esfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Quando ela está atuando, aumentam as chances de ocorrência de chuvas em uma porção do Brasil, que contempla o Ceará.

Caso essa previsão se confirme, o ano fechará com apenas dois meses abaixo da média e um (abril) em torno da normal climatológica, isso porque o mês de outubro, ainda que restem 3 dias para o fim, já conseguiu superar a média histórica.

Conforme dados da  Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a normal mensal é de 3,9 mm e, até agora, já há o acumulado de 9,6 milímetros, o que representa 143,8% acima da normal climatológica.

Neste milênio (2000-2022) em nenhuma vez um ano fechou com precipitações acima da média em nove meses, o que pode acontecer em 2022. A expectativa, agora, diz respeito ao acumulado total das chuvas. Até o momento, o Ceará acumula 913.6 milímetros, índice 14% superior a média histórica anual (800.6 mm). 

Nas últimas duas décadas, o maior volume acumulado foi registrado em 2009, com impressionantes 1.218,4 milímetros, o que representa quase 53% acima da normal climatológica.

RESERVATÓRIOS
Os bons volumes acumulados em 2022 contribuíram para elevar o nível dos açudes cearenses, com destaque para Orós e Castanhão. Os dois maiores reservatórios do Estado mais que dobraram de volume entre o início do ano e o fim da quadra chuvosa.

Atualmente, o Castanhão está com cerca de 22% - começou o ano com apenas 8% - e o Orós acumula o total de 46%, frente aos 22% registrados no início do ano.

No geral, os 157 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) é de 33,7%. Em janeiro, este volume era de apenas 20%.

Fonte: Diário do Nordeste

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