A Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult Ceará) confere a Comenda Violeta Arraes para a arqueóloga Rosiane Limaverde - FOTO (in memoriam) e a diretora Bia Lessa. A Comenda tem o propósito de homenagear pessoas físicas ou jurídicas com notórios serviços em prol da cultura, da educação, do conhecimento ou dos direitos humanos. A cerimônia de entrega acontece na próxima quarta-feira (14), às 19h, no Teatro Violeta Arraes – Engenho de Artes Cênicas, em Nova Olinda, sendo parte da programação do aniversário de 30 anos da Fundação Casa Grande, de 14 a 19 de dezembro.

A Comenda Violeta Arraes foi instituída pela Lei Nº17.970, de 17 de março de 2022, que se destina a homenagear pessoas físicas ou jurídicas que tenham prestado ou prestem notórios serviços em prol da cultura, da educação, do conhecimento ou dos direitos humanos. A concessão da Comenda será de iniciativa da Secretaria da Cultura do Estado – Secult e tem como perfil apontar pessoas que tragam atuação no âmbito da cultura, da educação, do conhecimento ou dos direitos humanos; e autor de trabalho de notório mérito no âmbito da cultura, da educação, do conhecimento ou dos direitos humanos.

A Secult Ceará homenageia com a Comenda Violeta Arraes duas mulheres muito importantes para a Cultura: Rosiane Limaverde (in memoriam) e Bia Lessa. Conheçam um pouco mais sobre elas:

Rosiane Limaverde

Fundadora da Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri, instituição filantrópica e cultural em Nova Olinda – CE, onde realizou atividades de pesquisas arqueológicas e educativas desde 1992, com a participação de crianças e jovens sertanejos nas áreas de Memória, Comunicação, Artes, Turismo e Esporte. Com formação em música e educação, realizou desde 1983 atividades de pesquisas sobre as lendas e mitos do povo Kariri.

Graduada em História com Especialização em Pré-História do Brasil na Universidade Regional do Cariri, URCA, Crato, Brasil; Mestre em Arqueologia na Universidade Federal de Pernambuco, UFPE, Recife, Brasil com o Título: Os Registros Rupestres da Chapada do Araripe, Ceará, Brasil; Doutora em Arqueologia com distinção e louvor pela Universidade de Coimbra- Portugal Centro de Estudos Arquológicos das Universidades de Coimbra e Porto com o Título: “Arqueologia Social Inclusiva – A Fundação Casa Grande e a Gestão do Patrimônio Cultural da Chapada do Araripe”.

Entre 2014 e 2016 criou e realizou o primeiro curso de Extensão em “Arqueologia e Gestão do Patrimônio Cultural da Chapada do Araripe” em parceria com a Fundação Casa Grande e Universidade Regional do Cariri (URCA). Em 2015 criou o Instituto de Arqueologia do Cariri em parceria com a Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri, Universidade Regional do Cariri (URCA), Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Universidade de Coimbra – Portugal que será reinaugurado com o nome Instituto de Arqueologia do Cariri Dra. Rosiane Limaverde. Em 2016 criou o primeiro curso no Cariri de Graduação Latu Sensu em Arqueologia Social Inclusiva. A especialização é realizada pela Universidade Regional do Cariri através da Pró- Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, tem como parceiros com o Instituto de Arqueologia do Cariri e Fundação Casa Grande, e como apoiadores o GeoPark Araripe e a Universidade Federal do Piauí, Universidade de Coimbra – Portugal, através do Centro de Arqueologia, Artes e Ciências do Patrimônio. Em 2018 a Universidade de Coimbra – Portugal passará a homenagear pessoas que se destacarem na área da arqueologia com a Comenda que levará o nome de Rosiane Limaverde. A primeira será entregue em dezembro de 2018.

Bia Lessa

Bia Lessa, artista brasileira, realizou trabalhos nas áreas de cinema, teatro, música, ópera, artes plásticas e eventos. Em cinema realizou três longas metragens: “Crede-Mi”, a partir da obra “O Eleito” de Thomas Mann, “Então Morri”, prêmio de melhor longa metragem na categoria Novos Rumos no Festival do Rio e está finalizando o filme “The Crossing” a partir da obra de Guimarães Rosa. Realizou a minissérie “Cartas ao Mundo” a partir da obra de Glauber Rocha e um documentário intitulado “Scar”, sobre a violência contra a mulher.

Seus espetáculos e filmes foram apresentados em diferentes países, entre eles no Centre Georges Pompidou em Paris, no Festival de Outono de Madri, no Festival Theater der Welt na Alemanha, na Berlinale em Berlin, Sommer Theater Festival – Hamburgo / Sigma Festival – Bordeaux/ Zurcher Theater Spektakel – Zurich/ Festival Internacional – Caracas/ Festival de Outono – Madrid/ Festival des Ameriques – Montreal/ Festival Dumaurier – Toronto/ Festival de Cadiz/ São Francisco, NY, Shangai, Jerusalém, Calcutta, Praga, Brisbane, Zurich, Munique, Colonia, Hamburgo, Dusseldorf, etc.

Montou inúmeras peças, muitas delas adaptações literárias: “Os Possessos” de Dostoievsky, “O Homem Sem Qualidades” de Robert Musil, “Orlando” de Virginia Woolf, “Viagem ao Centro da Terra” de Júlio Verne, “A Cena da Origem”, transcrição de Haroldo de Campos da Eclesiastes, entre outras. Recentemente dirigiu os espetáculos “Macunaíma” de Mário de Andrade, “Grande Sertão Veredas”, de Guimarães Rosa, e “Pi – Panorâmica Insana”, a partir de autores contemporâneos, recebendo os principais prêmios na categoria melhor espetáculo, direção e atuação.

Reinaugurou o Theatro Municipal do Rio de Janeiro com a ópera “Il Trovatori”, e ópera “Aída” para o Theatro Municipal de São Paulo. Realizou importantes exposições, entre elas o “Grande Sertão Veredas” no Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro, a exposição “Claro e Explícito” e “Itaú Contemporâneo: Arte no Brasil 1981-2006” no Centro Cultural Itaú, e a exposição “Barroco Brasileiro” na Bienal do Redescobrimento. Concebeu o Museu Casa de Cultura de Paraty, o Museu do Frevo e participou da criação do Museu da Língua Portuguesa. Realizou no salão nobre da ONU a performance The Second Unveiling. Dirigiu shows de Maria Bethânia, Gal Costa, Gilberto Gil, Margareth Menezes, entre outros.

Violeta Arraes

Ex-secretária de Cultura do Ceará, Violeta Arraes foi uma socióloga e ativista política natural do município de Araripe, no Ceará. Conhecida como “Rosa de Paris”, Violeta….

A Comenda Violeta Arraes é concedida por iniciativa da Secult Ceará, realizada a partir dos princípios do Sistema Estadual da Cultura. Para ser agraciado, é necessário preencher no mínimo um dos seguintes requisitos: distinguir-se por sua atuação no âmbito da cultura, da educação, do conhecimento ou dos direitos humanos; ou ser autor de trabalho de notório mérito no âmbito da cultura, da educação, do conhecimento ou dos direitos humanos.

Quem Participa

Qualquer pessoa, física ou jurídica, pode indicar possíveis homenageados para concessão da Comenda Violeta Arraes, devendo encaminhar à Secretaria da Cultura, para análise, a justificativa e os documentos comprobatórios do mérito do possível agraciado. Após análise, a Secult publica portaria que confere a Comenda ao agraciado, que deve então ser publicada no Diário Oficial do Estado e ter uma cerimônia de entrega realizada em evento aberto ao público.

Serviço
Cerimônia de entrega da Comenda Violeta Arraes pelo Secretário da Cultura do Ceará, Fabiano Piúba

Data e hora: Dia 14 de dezembro de 2022, às 19h

Local: Teatro Violeta Arraes – Engenho de Artes Cênicas, Nova Olinda, Ceará

Post a Comment