14/06/2023
A Secretaria da Saúde (Sesa) orienta a quem espera por uma cirurgia eletiva que atualize seu cadastro na plataforma Saúde Digital. Isso porque alguns pacientes estão com contatos inexistentes, como, por exemplo, o número de telefone e o endereço utilizados para agendar a consulta pré-cirúrgica com o especialista.
Lançado no último dia 10 de abril, o mutirão estadual para realização de cirurgias eletivas deve contemplar, em todo o Ceará, cerca de 45 mil procedimentos em unidades de saúde parceiras. Até esta terça-feira (13), 792 cirurgias eletivas foram realizadas. O mutirão está dentro do Plano Estadual de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas na rede pública de Saúde.
Segundo a coordenadora de Telessaúde e Fila Cirúrgica da Sesa, Melissa Medeiros, durante o período de busca dos primeiros pacientes, verificou-se uma quantidade muito grande de pessoas que não foram localizadas. Ao longo da qualificação dos primeiros 8.200 pacientes, cerca de 27% não foram encontrados, seja porque mudaram de endereço ou telefone.
“É importante que as pessoas voltem para o local onde fizeram cadastro, acessem o Saúde Digital ou entrem em contato diretamente conosco para a atualização. Quando estamos qualificando a fila cirúrgica, ligamos três vezes para o paciente em dias e horários diferentes. Caso ele não atenda, perguntamos, via aplicativo de mensagem, se está aguardando o procedimento cirúrgico. Quando não há retorno, enviamos o seu nome para a cidade da última localidade, para que o município também faça essa busca”, explica.
O problema é que, muitas vezes, o paciente, ainda assim, não é localizado, tendo seu cadastro inativado. A situação pode ser revertida com a atualização dos dados.
Cirurgias Eletivas
Cirurgia eletiva é aquela programada, que não é considerada de urgência. “O paciente vai numa consulta, é indicada uma possibilidade de cirurgia e, posteriormente, a pessoa é encaminhada para um serviço especializado. Esse serviço especializado vai ter um cirurgião daquela área ou um especialista que vai indicar, efetivamente, se o paciente precisa fazer uma cirurgia eletiva, ou seja, o paciente pode ter um pequeno aguardo enquanto são feitos os exames adequados”, explica Melissa Medeiros.
Entre os procedimentos realizados do programa em andamento, estão hernioplastia, laqueadura tubária, histerectomia, prostatectomia, vasectomia e cirurgias cardíacas. Em Fortaleza, dois hospitais já estão realizando as cirurgias. Ao todo, 19 instituições foram contratadas e 7 estão aptas para realizar as intervenções cirúrgicas na Capital. No interior do Estado, o Hospital Municipal de São Benedito, na região da Ibiapaba, e o Hospital Maternidade Dr. Agenor Araújo, em Iguatu, fazem procedimentos pelo plano.
Atualmente, 68.107 pessoas estão cadastradas nos sistemas de regulação do Estado e do município de Fortaleza para a realização de cirurgias eletivas. Com investimento inicial de R$135 milhões, o Plano Estadual fará cerca de 29 mil procedimentos. Cirurgia-geral, Ortopedia/Traumatologia, Ginecologia, Oftalmologia e Urologia são as especialidades com maior demanda.
Também está em andamento, no Ceará, um plano do Governo Federal para a realização de 15.900 cirurgias. A iniciativa conta com recurso federal de R$25,9 milhões e contrapartida estadual é no valor de R$7,98 milhões, totalizando R$ 33,88 milhões.
A execução dos dois planos possibilitará aproximadamente 45 mil cirurgias, no total. É importante ressaltar que as unidades da rede estadual com perfil cirúrgico seguem realizando procedimentos eletivos em paralelo à execução dos planos estadual e federal, o que contribui para a redução gradual da fila.
Vale lembrar também que a fila tem caráter dinâmico, visto a quantidade de operações realizadas e o cadastro de novos pedidos diariamente. Por isso, a Sesa também atualiza constantemente os bancos de dados, a fim de evitar possível duplicidade de informações.
Mutirão
O Governo do Ceará, por meio da Sesa, lançou, no dia 10 de abril, o mutirão estadual para realização de cirurgias eletivas. Prevista em lei pelo Plano Estadual de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas na rede pública de Saúde, a iniciativa é realizada por meio de credenciamento de entidades com ou sem fins lucrativos.
Clínicas, hospitais polo, hospitais municipais (em convênio com o governo estadual) e outros equipamentos de saúde se inscreveram por meio de chamamento público. As especialidades contempladas são: Oftalmologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Cirurgia Geral, Gastroenterologia, Ginecologia, Urologia, Nefrologia, Neurologia e Vascular.
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