Foto: Francisco Luiz

Fruto da conclusão da terceira turma da Escola Carpintaria da Cena – Formação Livre em Teatro e Tradição, o espetáculo “Cabeça Cabaça” será novamente apresentado dia 20 de junho de 2024, no Ponto de Cultura Casa Ninho, em Crato. A apresentação integra programação do Festival das Artes Cênicas. A Escola Carpintaria em Cena conta com formação que se desenvolve em 14 módulos: sete dedicados às brincadeiras, aos saberes e fazeres da tradição popular do Cariri, com Mestras e Mestres da cultura popular da região, e sete módulos com professores da área das artes da cena, além de atividades complementares.

O projeto caririense, que iniciou atividades no ano de 2018 e é idealizado pelo Grupo Ninho de Teatro, surgiu após o grupo pensar os aspectos da cultura, da memória e do território e se questionar: de que forma o saber e o fazer das tradições populares do Cariri poderiam ser as bases de criação e de trabalho de ator e atriz? Dessa forma, como explica Edceu Barboza, integrante do Núcleo Pedagógico da Escola, o grupo buscou ir além da formação habitual de Artes, que possui uma visão eurocêntrica, e pensou o projeto como uma possibilidade de aprofundar na pesquisa e nas inquietações que carregava.

“O espetáculo ‘Cabeça Cabaça’ é uma junção, uma costura, de todo processo formativo. Questões de memória, tradições, ancestralidades, identidades... Tudo isso costurado pelo pensamento cultural”, pontua Edceu. A apresentação desta quinta faz parte da 9ª Mostra Repertórios em Casa, do Grupo Ninho de Teatro, que atualmente, além de Edceu, é formado por Suzana Carneiro, Sâmia Ramare, Monique Cardoso, Fagner Fernandes e Elizieldon Dantas. Após a atual etapa, os participantes seguirão seus próprios caminhos de pesquisa e criação artística. Como afirma Edceu, a formação se aproxima muito da pedagogia de Paulo Freire, e um dos princípios é o da autonomia, do despertar enquanto leitura de mundo.

A abertura da quarta turma será anunciada através dos perfis @gruponinho e @casaninho, no Instagram. “A gente já está se movendo internamente para que, através dessa turma, seja mais uma experiência incrível de descobertas, porque são muitas descobertas no processo de escuta de mestras e mestres e, como já falei, desse despertar do corpo, do pensamento, de deixar os olhos atentos e os ouvidos aguçados para a escuta do território, compreendendo que a gente está o tempo inteiro nesse processo de aprender, sobretudo nas artes, porque tem essa dinâmica enquanto movência do processo criativo, da pesquisa em artes”, finaliza.

Fonte: Jornal do Cariri

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