A
reforma da Previdência praticamente acaba, no período de transição para as
novas regras, com a aposentadoria pelo teto do INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social), que neste ano é de R$
5.839,45.
Quem
sempre teve salários maiores do que o limite determinado anualmente pelo
governo não chega a uma média salarial no teto. O novo
cálculo proposto pela gestão Jair Bolsonaro (PSL) deixa esse valor ainda mais
distante dos trabalhadores.
Atualmente,
o segurado com salários mais altos depende do fator previdenciário maior do
que 1 para
receber o teto da Previdência. O fator é um índice usado no cálculo das
aposentadorias por tempo de contribuição -ele costuma reduzir as
aposentadorias, mas também pode elevar
o valor do benefício de quem tem mais tempo de contribuição.
O
novo método de cálculo previsto pela reforma apresentada na última quarta-feira
(20) limita, para quem se aposentar na regra de transição, o percentual da
média salarial a 100%. Sem aumento na média, o segurado não chega ao teto da
Previdência.
Na
nova regra geral, aquela em que homens e mulheres se aposentam somente
aos 65 ou 62 anos, respectivamente,
os trabalhadores poderão chegar ao valor máximo. O mecanismo será similar ao do
fator previdenciário, pois os
segurados precisarão contribuir por mais tempo.
Nesse
caso, ele terá de seguir na ativa por mais de 40 anos. Com esse tempo de
contribuição, o trabalhador terá 100% da
média. Para esses, porém, a reforma não estabelece limitação e o segurado
poderá receber, por exemplo, 108% da
média salarial aos 44 anos de
contribuição. (Folhapress)
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