Agentes do ICMBIO. FOTO: Itallo Rodrigues |
De acordo com Carlos Pinheiro, Chefe do Núcleo de Gestão Integrada (NGI) do ICMBio, ainda no início do ano, houve processo seletivo de contratação de brigadistas. Conforme explicou, desde maio de 2020, quando o NGI Araripe foi criado, equipes de quatro Unidades de Conservação foram unificadas: Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe, Estação Ecológica de Aiuaba, Floresta Nacional do Araripe – Apodi e Floresta Nacional de Negreiros. Juntas, elas abrangem área superior a um milhão de hectares de área protegidas, localizadas nos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí.
Dessa forma, três brigadas foram formadas: na Floresta Nacional do Araripe – Apodi, com 20 brigadistas; Floresta Nacional de Negreiros, com 10 brigadistas; e na Estação Ecológica de Aiuaba, com 10 brigadistas. “Neste primeiro momento, as brigadas estão reativando os aceiros envolta dos pontos mais críticos dessas unidades de conservação, realizando monitoramento, manutenção dos equipamentos de combate, educação ambiental na prevenção e atuando em pontos localizados quando há algum início de queimada”, explica o chefe.
A origem dos incêndios é, em grande parte, vinculada às atividades humanas e, muitas vezes, de forma criminosa. “Nossas brigadas estão distribuídas no território para que, em conjunto, possam atuar nas unidades de conservação. Porém, os recursos ainda necessitam de aporte para dar maior mobilidade”, relata, ao citar que o envolvimento da sociedade é importante na prevenção destas ocorrências, pois a conscientização do uso adequado do fogo é extremamente necessária para que não se tenha incêndios.
Recentemente, o governador Camilo Santana decretou estado de emergência ambiental no Ceará, em que autoriza contratação de brigadistas ambientais nas unidades de conservação estaduais. Como acredita Carlos, a medida é importante para que se unifiquem esforços, com o objetivo comum de combate e prevenção aos incêndios florestais e, assim, proteção das áreas. “Com as brigadas trabalhando na região, teremos mais sucessos em nossas ações ao longo deste ano”, finaliza, ao enfatizar que, sem o envolvimento da sociedade na proteção das áreas, que é patrimônio de todos, o esforço dos governos não será suficiente para mantê-las conservadas para as futuras gerações.
(Fonte: Jornal do Cariri)
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